quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O que não pode faltar?

Planejamento, estratégia organizacional, diagnóstico, consultoria... palavras bem familiares para o pessoal da administração, mas nem tanto para outras área. Porém, é bem importante ter algumas noções sobre o mundo dos negócios, mesmo que o objetivo seja apenas entender a língua que seu chefe está falando.

Ao começar a fazer entrevistas para o curso de administração, evidentemente, comecei a aprender um pouquinho, assim como percebi a importância de uma consultoria. É claro que nem todas as organizações de sucesso contratam tais serviços, de qualquer forma, fazem uma avaliação periódica sobre os pontos fracos, fortes, as oportunidades de mercado e o estudo dos concorrentes.

Quando uma consultoria é contratada, geralmente, já se verificou algum problema na corporação. Por isso, antes de qualquer ajuste na empresa, é feito um diagnóstico que, em outras palavras, significa conhecer a empresa e manter uma revisão constante das ações e processos. Por exemplo, o diagnóstico leva em consideração o setor de vendas, o RH, finanças, tecnologia, produção... É a partir dessa visão do todo que são identificados os pontos que precisam ser revisados para melhorar a gestão estratégica e operacional.
Neste trecho da entrevista, o consultor fala do checklist do diagnóstico.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pesquisa de opinião traz satisfação

Pesquisa de opinião e de satisfação não se faz apenas em período eleitoral nem somente para medir a aprovação do governo Dilma, né!
Nas organizações, por sinal, é um instrumento bem manjado. Ou seja, sempre se fez e já foram até mesmo desacreditadas. Para ter uma ideia, basta lembrar da avaliação dos professores na escola estadual ou na faculdade: em coro, os alunos dizem "ai que saco, isso não resolve nada mesmo".

Conversa com o coaching Cláudio D'Amico
Mas com a especialização das empresas, a concorrência em um mercado acirrado, a exigência e necessidade por profissionais qualificados (que vistam a camisa da empresa), leva à urgência por pesquisas de clima. Afinal, todo um planejamento estratégico, um plano de marketing bem estruturado, assim como a venda de serviços ou produtos em alta, dependem não só de dirigentes, mas de cada colaborador.

O que será que passa pela cabeça de cada trabalhador? 
E para quem falar sobre meus problemas no trabalho? 
Se eu reclamar, serei demitido? 

Esse tipo de dúvida é mais que normal e certamente atrapalha na produção de uma empresa ou setor específico. Claudio D'Amico, consultor da Missel Consultoria Empresarial, chama a atenção para o que pode ser feito hoje em termos de sondagem da satisfação e para a exigência os Programas de Qualidade fazem por avaliação de clima organizacional. "Há duas formas de fazer pesquisa. Uma delas é a tradicional, em que o pesquisador entrega um formulário e o reebe depois com as respostas dos funcionários. A outra, que sem dúvida gera resultados bem mais próximos da realidade, é a conversa individual", ressalta.

Mas a troco de quê, um funcionário expõe seus dramas para um desconhecido? Simples, justamente porque a consultoria tem um olhar que vem de fora da organização, o trabalhador se sente à vontade para falar sobre o que pode ser melhorado. E o mais legal, é que muitas organizações já se deram conta de que a voz do funcionário é tão importante quanto à do presidente.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O que vem antes do contrato?

Falei sobre contrato no post anterior. Mas, anterior à assinatura, temos o período pré-contratual, que pode se configurar em uma obrigação entre as partes.

Antes mesmo de um contrato assinado, há laços convencionais que não podem simplesmente ser ignorados. Passa a existir uma relação de compromisso quando alguém oferece um bem para venda, por exemplo. Digamos que ao fazer uma proposta para vender um carro, concedo 24 horas para um possível comprador e dentro deste período, recebo uma resposta positiva. A partir deste momento existe a obrigação de formalizar um contrato. Então, não posso simplesmente deixar de vender, assim como o futuro comprador não pode desistir sem qualquer consequência.



Entrevista para aula de negócios imobiliários/ Imagens Cristiano Garcia
De acordo com a advogada Giulia Jaeger, “depois que foi aceita uma proposta, não se pode simplesmente desfazer-se esta relação porque pode me gerar danos na esfera jurídica. Posso incorrer em perdas e danos. Além disso, dependendo do tipo de negócio, pode ocorrer lucros cessantes (que é aquilo que o sujeito deixa de ganhar ao interromper a promessa de compra e venda), dentre outras consequências após a aceitação da proposta", esclarece.


Ou seja, 24 horas é o tempo suficiente para dar uma resposta? É realmente fundamental comprar um carro (ou qualquer outra coisa)? Tenho o capital necessário ou certeza de financiamento? 
É bom ter certeza destes ítens antes de responder o encantado sim.

Contratos: postura de defesa!


O que é a postura de garantia de direitos?
É uma postura DEFENSIVA. Fundamental em qualquer tipo de contrato, mas ainda mais evidente quando relacionamos à compra de bens imóveis. A primeira ação de defesa ao entrar em campo é verificar se o imóvel tem algum tipo de restrição como uma penhora ou se os proprietários possuem algum tipo de ação judicial em andamento.
“Porque falo em proprietários? Porque, regra geral, se estou comprando um bem de um sujeito casado em regime de comunhão parcial de bens ou comunhão universal, o conjuge tem que fazer parte dessa relação contratual, é necessário ter o olhar de ambas partes”, argumenta a advogada de direitos fundamentais Giulia Jaeger.
Outra postura de garantia é cuidar os prazos de entrega. Se compro um imóvel na planta, qual é o prazo de entrega? O que vai me gerar se não me entregarem no prazo?
Um outro ponto a observar é quanto aos vícios redibitórios (defeitos ocultos, não são notados ao adquirir um produto). No contrato, deve haver garantias contra problemas futuros. Quais são as possibilidades? Vou ter abatimento no preço?
"Ainda na dúvida? Não assine", aconselha Jaeger. É melhor procurar um advogado, a defensoria pública ou o Procon.
Ah, e não aceite contrato com fonte minúscula. O Direito do Consumidor prevê que todo e qualquer tipo de contrato tem que ser redigido em fonte 12. Lei é feita para ser cumprida e depende de nós fazê-la valer.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Contratos

O que é um contrato parece ser consenso e pode ser resumido como a vontade firmada por duas ou mais partes. Ok! Também estamos cansados de saber que é necessário ler com atenção todas as cláusulas, assim como é fundamental ter cuidado com as letrinhas minúsculas de um contrato.

Por outro lado, sempre existem os momentos em que pelo menos uma vez na vida, damos pouca importância para as frases escritas em fonte 6 ou firmamos contratos somente na palavra.  E é por isso que fui conversar com o advogado João Bragatto, especializado em direito imobiliário.

Partimos de uma historinha exemplar de uma aula de negócios imobiliários: um pintor sem trabalho aceita pintar a casa do médico em uma fictícia cidade interiorana chamada Macondo por um valor que o próprio cliente sugere. A metade do $ como adiantamento faz os olhos do profissional brilharem. Mas ao chegar à propriedade, percebe que o serviço levará muito mais tempo do que o previsto e não pode reclamar do acordo. E essa é a lição para os próximos trabalhos: sem um contrato assinado, considerando o que realmente será executado do início ao fim, nada feito.

Por isso, editei um trecho da entrevista com o advogado, no qual ele fala de contrato justo e um outro aspecto muito importante, principalmente quando se trata de imóveis. Enjoy it!


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Contador empreendedor

O que a contabilidade tem em comum com o empreendedorismo?
Muito, acredite! Entrevistei o contador Oberti Parizzotto, fundador da ASCON e ele me confirmou isso. A empresa já tem 14 anos, conta com 11 funcionários, inclusos ele e a esposa que é advogada da organização. Quis saber porque ele se considera um empreendedor. Respondeu com números e ações: mais de 100 clientes fixos e a aposta no conceito de consultoria, pois visita periodicamente cada cliente.
Parizzoto começou a carreira profissional em uma empresa do setor de consultoria e foi lá que percebeu o potencial para buscar o próprio negócio. Hoje vê a empresa em expansão e só não tem uma sede ainda maior devido à dificuldade de encontrar um imóvel adequado. Mas me prometeu que, em breve, estará em uma sala maior com lugar até para um espaço reservado às reuniões.

No escritório de Parizzoto no centro de Canoas/RS - Imagens: Jefferson Nunes
"O empreendedor é aquele que tem o negócio, mas não sem antes realizar pesquisa de mercado. Planeja a médio e longo prazo. E também sabe levantar os custos e sabe que não vai lucrar no início", afirma o contador-empreendedor. E realmente, sem planejamento, há aqueles que produzem ou prestam serviços sem a noção real do custo. E esse é caminho para o fracasso.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Habilidade x competência

Habilidade é sinônimo de competência e vice-versa?
No campo semântico sim, mas não necessariamente no âmbito corporativo.

E apesar de já ter a noção da diferença entre os conceitos, antes de entrevistar a psicóloga Leila Dillmann, evidentemente recorri ao Google. E encontrei várias definições, mas nada muito objetivo conforme eu gostaria. E quando comecei a conversar com Leila, ela já me deixou claro que:
_ Estudamos um semestre inteiro somente a concepção de competência e agora você quer cinco minutos de entrevista!
Concordei com um sorriso e disse: _ E que ainda vão ser editados.

Resumindo os cinco minutos, habilidades são as capacidades desenvolvidas a partir de uma teoria e uma prática para realizar determinadas tarefas. Já a competência permite a mobilização de conhecimentos para enfrentar uma determinada situação.


Psicóloga e prof. universitária Leila Dillmann./ Imagens Jeferson Nunes

Ou seja, habilidade é saber como realizar alguma tarefa com eficiência enquanto a competência é o passo além, o que inclui saber lidar com o inesperado e propor soluções. Deve ser por esta razão que quem é competente está sempre estudando, se especializando e atento ao que pode aprender dentro da organização e com os colegas de trabalho, não é?

Mas será que ao contratar, é fácil diferenciar os profissionais hábeis dos competentes? De acordo com Dillmann, não. Porque no momento da contratação, o gestor ou o profissional do RH vai encontrar as habilidades e dentro da organização é que vão ser trabalhadas as competências às quais a organização está dirigindo suas estratégias.

Detalhe importante, pós entrevista: a competência só é competência se for legitimada. E dois diferentes perfis de professores podem servir de exemplo. Há aquele que ensina determinados conteúdos aos alunos e outro que vai além ao estimular o aluno a ser um pesquisador também. E como este último é legitimado? Pelo famoso falar bem do fulano.

Um outro exemplo bem legal e conhecido no mercado: a Natura, que tem a habilidade de produzir bons cosméticos, mas também desenvolveu a competência de trabalhar a questão meio ambiente. A sustentabilidade, na concepção da empresa, vai desde a produção sustentável dentro da organização, escolha dos fornecedores e reutilização de embalagens.

É verdade que nada disso é novidade, mas diversas empresas ainda não aprenderam a desenvolver esta capacidade que, em breve, deve fazer a diferença no momento da escolha de consumo. E na seleção dos profissionais, a tendência deve ser a mesma.